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Gartner demonstra que os CIOs não estão tão interessados no blockchain.


Pelo menos é o que aponta uma pesquisa do Gartner com 293 líderes de TI, de acordo com a qual só 1% dos pesquisados estão atualmente usando blockchain e só 8% tem planos de testar algo no curto prazo.

Cerca de um terço dos CIOs disseram que eles não tem interesse em blockchain e outros 43% disseram que não há planos, mas que a tecnologia estava no radar - provavelmente porque um dos 10 entre 10 fornecedores mencionados acima já mencionou o tema.

“Os resultados mostram que o estado de adoção do blockchain está massivamente over hypado”, resumiu para o The Register David Furlonger, um VP do Gartner.

Um blockchain é um banco de dados distribuído (ou open ledger, no jargão da área), no qual novos registros de transação estão linkados entre si por marcadores de tempo compartilhados.

Cada bloco, acessível por todos os participantes, contém o registro de uma série de transações. A lógica é que cada nova transação reforça a criptografia de todas as outras de tal forma que em tese seria impossível alterar os registros.

A tecnologia ficou conhecida por ser a base do bitcoin, criptomoeda eletrônica que tem sido uma febre no setor financeiro nos últimos anos, mas o princípio pode ser utilizado numa série de sistemas financeiros ou qualquer outra situação que demande registros públicos confiáveis.

Tudo isso faz com que um projeto bem sucedido de blockchain exija compreensão de aspectos relacionados com segurança, legislação, governança descentralizada e processos, tudo isso aplicado ao negócio de uma empresa em particular.

O BNDES, por exemplo, vai criar uma moeda digital própria baseada em tecnologia de blockchain para controlar melhor os seus empréstimos. A finalidade será rastrear o pagamento de fornecedores nos projetos apoiados pelo banco.

Bancos brasileiros, como Itaú Unibanco e Bradesco também vêm fazendo pesquisas para desenvolver aplicações práticas da tecnologia.

Outra aplicação que está em alta são as chamadas oferta inicial de moedas virtuais, uma estratégia pela qual um novo empreendimento arrecada dinheiro criando uma criptomoeda atrelada a uma aplicação específica da tecnologia de blockchain.

Esse modelo ainda engatinha no Brasil, mas nos últimos meses o Baguete anunciou duas novidades do gênero: a Wbio, startup que desenvolve equipamentos e sistemas para a área de saúde incubada no Feevale Techpark, e a Iconic, hoje em fase de captação de recursos para criar uma plataforma dentro da qual empresas poderão criar seus projetos de ICOs.

Fora dos bancos e de startups, no entanto, toda essa complexidade é um empecilho para o blockchain encontrar outras aplicações.

Um complicador para os projetos é o tipo de skills necessários para um projeto do tipo: 23% dos CIOs consideram blockchain um tipo de tecnologia que exige mais talentos novos para ser implementados e 18% disseram que esse tipo de profissional está hoje entre os mais difíceis de ser encontrado.


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